A seletividade alimentar é uma preocupação comum entre pais de crianças com TEA, e a dúvida sobre se essa dificuldade irá melhorar com o tempo é frequente. A boa notícia é que sim, com o acompanhamento adequado, muitos aspectos dessa seletividade podem ser trabalhados e melhorados ao longo do tempo.
Existem vários fatores que podem estar relacionados a causa de seletividade alimentar em crianças com TEA. Sendo eles a rigidez de comportamento e de rotina, dificuldades no processamento sensorial, como, evitação de texturas, cheiros e sabores, ou ainda dificuldades motoras e de coordenação relacionadas a mastigação, fatores metabólicos e hormonais, entre outros.
Com o trabalho da equipe multiprofissional, paciência e persistência, muitas crianças começam a demonstrar mais flexibilidade alimentar.
Como melhorar a seletividade alimentar?
- Introdução gradual: Um dos métodos mais eficazes é a introdução gradual de novos alimentos. Comece com pequenas quantidades ao lado de alimentos que a criança já consome, aumentando aos poucos a variedade oferecida.
- Estímulos positivos e consistência: Reforços positivos podem ser muito úteis. Elogie e celebre qualquer tentativa de experimentar um novo alimento, mesmo que seja um pequeno progresso. Criar uma rotina consistente também ajuda a criança a se sentir mais segura em relação à alimentação.
- Envolver a criança no preparo dos alimentos: Muitas vezes, crianças com TEA se sentem mais dispostas a experimentar algo novo quando estão envolvidas no processo de preparação da comida. Isso pode torná-las mais curiosas sobre o alimento.
- Acompanhamento profissional: Profissionais como nutricionistas, terapeutas ocupacionais e psicólogos podem auxiliar no desenvolvimento de estratégias personalizadas. A terapia ocupacional, por exemplo, pode ajudar a criança a se acostumar com diferentes texturas e experiências sensoriais.
- Paciência e persistência: As mudanças podem levar tempo, então é importante ser paciente. Pequenos avanços são um grande sinal de progresso e merecem ser comemorados.
Embora cada criança tenha seu ritmo, a consistência, o apoio de profissionais e a participação ativa da família desempenham um papel essencial no desenvolvimento da flexibilidade alimentar. Com o tempo, a criança poderá ampliar suas escolhas alimentares, promovendo não só uma alimentação mais equilibrada, mas também um maior conforto no momento das refeições.